Em 2020 e 2021 a mobilidade urbana foi extremamente modificada e fez com que todas as tendências que se encaminhavam para um trânsito cada vez mais coletivo, com redução de carros e compartilhamento de veículos fossem interrompidas. 

    A necessidade de distanciamento social fez com que várias pessoas que tinham trocado o carro e a moto pelo metrô ou ônibus voltassem para suas opções anteriores, afinal, a saúde é a prioridade e estações e transportes lotados representam um risco enorme para toda a população. 

    As dificuldades para utilizar o transporte público com dignidade e segurança ficaram ainda mais evidentes conforme o distanciamento social ia ficando mais rígido. 

    A tendência é melhorar 

    A tendência é que, nos próximos anos, linhas de ônibus e horários fixos deixem de existir e os passageiros tenham muito mais informações em relação aos veículos que irão transportá-los. 

    A tarifa única e não flexível também deve acabar, sendo cobrado do passageiro um valor correspondente à distância percorrida. 

    Além disso, todo o transporte público deverá ser integrado com outras linhas ou outros modais muito em breve. 

    Até lá, quem tem um pouco mais de recursos para adquirir uma motocicleta ou carro particular, volta a incluir as prestações no planejamento financeiro. 

    Carros Particulares Retomam Sua Importância 

    39% das pessoas que utilizavam transporte público antes da pandemia deixaram de fazê-lo no ano de 2020, segundo dados da ANTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbanos). 

    O número de pessoas que já tinha aberto mão de ter um veículo próprio por conta da facilidade de uso de carros de aplicativo também era crescente e de repente, essa tendência foi modificada. 


    Com o avanço do desenvolvimento de aplicativos para locomoção urbana, cada vez mais as pessoas tem pensado duas vezes antes de comprar um carro próprio. 

    Quem pôde, comprou o próprio veículo. Quem estava com o carro parado há muito tempo, voltou a dirigir e quem contou e ainda conta que essa pandemia passe logo, optou pelo aluguel de um veículo para passar por essa fase complicada. 

    Ainda há pessoas que usam aplicativos como Uber e 99, mas o número foi bastante reduzido desde o início da pandemia. 

    Com base nessas informações, é possível compreender que, provavelmente, a volta ao uso do transporte público a níveis pré-pandemia demorará um bom tempo para acontecer, o que poderia causar um grande transtorno no trânsito das cidades grandes. O “poderia” se dá ao fato de que muitas pessoas estão trabalhando em home office e as empresas já compreenderam que faz todo sentido permitir que as pessoas continuem trabalhando de suas casas, o que pode reduzir bastante o fluxo de pessoas que se amontoam nas ruas em horários comerciais.  

    Conclusão 

    As mudanças causadas pela pandemia fizeram com que muitas pessoas decidissem voltar a usar veículos particulares para manterem-se longes dos ônibus, trens e metrôs. 

    Quem não considerava comprar um carro até o começo de 2020, passou a levar essa ideia em conta e começar a estudar os preços em plataformas de veículos e sites de negociação. 

    Acredita-se que, mesmo após o fim da pandemia, levará um tempo para que as pessoas voltem a se sentir seguras e confortáveis para retomarem o uso de transportes coletivos e que aos poucos, transportes compartilhados como Uber, Táxi e 99 recuperem o movimento que tinham antes da pandemia, sendo que apenas depois disso o transporte público deve voltar a ter o mesmo fluxo que tinha anteriormente. 

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    Leia também: cresce o mercado de transporte de veículos no Brasil. 

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