Vamos conversar sobre desenvolvimento mediúnico?

    Várias religiões e crenças têm alguma forma de contato “espiritual”. Pode ser por meio de incorporação, como na umbanda, ou possessão, no candomblé. No Kardecismo, geralmente rola uma intuição. Esse contato espiritual é central nessas doutrinas e atrai muitos adeptos, mudando suas vidas.

    Partimos da ideia de que existem espíritos e de que é possível comunicar-se com eles. Aqui, surgem diferenças entre as doutrinas, ligadas à maneira como cada uma vê isso. Assim, é importante entender esses pontos:

    • Algumas doutrinas acham que esse contato é natural em todos nós;
    • Outras acreditam que certas pessoas tornam-se médiuns por nascerem com esse dom;
    • E há aquelas que acreditam que esse contato só acontece com palavras e gestos específicos.

    Entendendo o desenvolvimento mediúnico

    De um jeito ou de outro, em geral, o que se defende é que cada pessoa precisa de um tempo para aprender a “controlar” essa habilidade. Isso é o que chamamos de “desenvolvimento mediúnico”. Esse período pode variar bastante, durando dias ou até anos, dependendo do entendimento do líder do grupo.

    Agora, uma pergunta para você: já parou para pensar no que realmente acontece nesse processo? Muitas pessoas conhecem histórias de fantasmas e espíritos e têm alguma crença ou contato com o espiritual. Contudo, é legal manter a mente aberta e pensar que aquilo que vivemos é, em muitos casos, uma experiência interna.

    Afinal, se existir ou não a presença de espíritos, o que importa é que algo está acontecendo com a gente, certo? Assim, fica a pergunta: e se essas experiências não forem, de fato, espirituais?

    Pense com calma. Pode parecer meio chocante, mas não temos provas concretas da existência de espíritos, além das nossas experiências pessoais. E mesmo assim, múltiplas coisas podem acontecer nesse ambiente.

    Se deixarmos de lado nossas crenças por um instante, o que será que acontece no desenvolvimento mediúnico se não existirem espíritos? Para isso, é importante entender o cérebro e como ele funciona.

    O nosso cérebro tem um mecanismo chamado “dissociação”. Isso acontece em momentos de sobrecarga de informação. Nossa mente dá um “apagão” quando está recebendo muitos estímulos ao mesmo tempo.

    Pense quando você está em uma viagem longa de ônibus. Às vezes, enquanto olha pela janela, a mente acaba desligando um pouco. Isso é uma dissociação, que ocorre quando tentamos processar muitos estímulos no mesmo momento.

    Em um terreiro ou centro, somos bombardeados por sons, cheiros, imagens e pessoas que podem ser bem diferentes do que estamos acostumados. Nesses momentos, especialmente durante rituais, nosso cérebro pode se sobrecarregar e “apagar”.

    Excesso de informação

    Não dá para simplesmente “apagar” e ficar por isso mesmo, precisamos estar alertas. Lembre-se: somos seres humanos que evoluíram da vida na floresta, e a mente tem um sistema de segurança, chamado “assunção arquetípica”. Quando o cérebro dá uma desligada, uma parte inconsciente começa a trazer informações que já estão registradas, ajudando na proteção e respostas automáticas.

    Essas informações não são novas, mas já estão armazenadas. Quando situações assim acontecem, reagimos de forma estereotipada, conectados a arquétipos da nossa vida.

    Dentro das religiões, aprendemos esses arquétipos, que ficam armazenados no nosso inconsciente. Isso acontece pela repetição, semelhante ao que fazemos quando aprendemos a dirigir, dançar ou tocar um instrumento. Essas infoções são gravadas e usamos quando necessário.

    Esse processo é o que chamamos de “incorporar”. O desenvolvimento mediúnico, então, é justamente para facilitar essa rotina na nossa mente.

    Nos sistemas mais modernos de Magia, a gente consegue trabalhar com personagens da cultura pop. Isso acontece porque gravamos informações suficientes para criar arquétipos desses personagens, como incorporar o Batman, por exemplo.

    No contexto das religiões, os arquétipos são ensinados e impressos. Já na Magia, os próprios magos criam esses arquétipos em um processo chamado “assunção”. Essa ideia é conhecida também como “Assunção de Forma Deus”, que nada mais é do que “incorporar” um deus.

    Esse tipo de desenvolvimento mediúnico acontece aqui no Nosso Templo, em São Paulo. Após explicar todos os detalhes e como funciona, observamos os magistas usando diversos arquétipos, de acordo com suas necessidades de trabalho.

    Se você se interessou e quiser entender mais sobre isso, que tal conversar com a gente?

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